Executivos do Google e Facebook trazem empresa de bots para o Brasil

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O mercado de chatbots deve gerar mais de US$ 47 bilhões para empresas de tecnologia até 2020, de acordo com o IDC. No Brasil, o negócio começa a despontar aos poucos com a ajuda de empresas especializadas no desenvolvimento de bots. Em dezembro, o mercado nacional ganha mais um player que promete alavancar os bots de conversa no País, a BotMaker.

Com a proposta de oferecer inteligência artificial para bots de texto e áudio, a BotMaker se destaca pelo time de peso nos bastidores: no comando da startup, que já tem escritórios em Miami e Buenos Aires, estão Alexandre Hohagen (ex-CEO do Google e ex-VP do Facebook), Alejandro Zuzenberg (que já foi head de vendas do Facebook), Hernan Liendo (conselheiro do Google), Roberto Grosman (CEO da F.Biz e ex-Google e Amazon) e Julio Zaguini, ex-diretor do Google que ficará diretamente responsável pela operação no Brasil.

Apesar de nova no mercado – a empresa começou a funcionar oficialmente em 2016 -, a BotMaker já conta com cerca de 60 clientes nos Estados Unidos e países da América Latina, entre eles Mondelez, Mercado Pago, Santander, Danone, Ambev (Quilmes) e Decolar. No ano que vem, a companhia prevê um crescimento de pelo menos 500% em toda a América Latina.

“Vemos empresas investindo bastante em inteligência artificial, mas nada no nível do que estamos lançando, quando falamos em soluções em português ou espanhol. Nossa visão é que sejamos a plataforma mais relevante para Américas, com interações em pelo menos três idiomas, e que possamos ter times locais com muito conhecimento sobre inteligência artificial”, diz Alexandre.

A plataforma Saas, criada pela BotMaker, permite desenvolver bots para qualquer sistema operacional, e não apenas para o Facebook Messenger, formato mais comum atualmente. A ideia é que os próprios clientes, com seus times de desenvolvimento próprios, possam utilizar a plataforma para criar seus bots para ações de branding, atendimento aos consumidores, colaboradores e fornecedores.

“A ideia é que a plataforma seja simples o suficiente para que uma sorveteria local ou uma grande empresa como Ambev possam implementar, considerando diferentes níveis de complexidade.No Santander de Buenos Aires, por exemplos, criamos uma solução para que a empresa diminuísse o volume de ligações a funcionários para resolver perguntas de férias ou benefícios. Já para uma empresa de alimentos pode haver uma solução de entrega automática que não dependa de 10 pessoas só para responder a telefonemas”, explica o executivo, argumentando que as soluções podem ir muito além do marketing.

Websites, Twitter, Mercado Livre, Skype, WhatsApp e até assistentes pessoais de voz como o Google Assistant já estão no escopo da BotMaker, seja para formatos totalmente automatizados ou híbridos, que combinam interações humanas com bots.

No Brasil, a companhia está prestes a começar um roadshow para apresentar a solução para grandes empresas e agências. “Queremos armar um time muito competente, capaz não só de vender, mas de entender problemas de comunicação entre negócios e pessoas. A ideia é ser capaz de provocar não só o mercado de agências, mas presidentes das companhias na direção da automatização. Há uma diversidade muito grande de aplicações da tecnologia, não apenas para falar com o consumidor, mas com qualquer outro stakeholder de uma empresa”, disse Julio.

Atualmente, a BotMaker já contabiliza mais de 2 milhões de interações diárias em sua plataforma.

Por Karina Julio em Meio & Mensagem

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