Antigamente, nos primórdios dos meios midiáticos, o domínio da publicidade acontecia pelo jornal impresso.
O jornal concentrava anúncios no mundo todo e era o grande veículo de massa que existia. Além disso, durante muitos anos, ele foi fundamental para o processo de comunicação direcionado ao consumidor.
Nessa época, a manutenção de uma edição era basicamente oriunda de assinaturas de leitores assíduos pela informação, tendo a propaganda como um elemento de forma a complementar a renda do veículo.
Em seguida, a TV rouba a cena de forma direta e sem pedir licença. A partir daí, o jornal começou a cair em sua principal fonte de renda.
Alguns anos depois, a internet consegue trazer todas as mídias para um único meio e o impacto de um novo meio midiático acaba reduzindo drasticamente o número de exemplares de jornal comercializados.
A partir dessas mudanças, a situação se inverteu e a principal receita para “sustentabilizar” um veículo de mídia impressa passa a ser a propaganda, pois o que tinha como receita de assinaturas já não comportava mais a produção do impresso.
Ou seja, as históricas mudanças nos meios de comunicação influenciam na forma de fazer a propaganda, sendo que a publicidade interage muito mais com os consumidores.
Acredite, o futuro da propaganda está diretamente ligado ao futuro dos meios de comunicação.
Em meio ao Século XXI, as grandes agências já perceberam que a internet tem um potencial infinito de promoção. Nela criamos novos métodos, como, por exemplo, a contagem por clique, onde conseguimos assegurar que o internauta tenha contato visual com o produto ou serviço anunciado, e consiga interagir com ele.
Já em um jornal ou televisão, não é garantido que o leitor ou espectador reaja àquele estímulo apresentado, apesar de visualizar a informação.
Porém, nem todas as agências conseguem desenvolver um trabalho para seus clientes utilizando estes novos preceitos da Era digital. Assim, encontram dificuldades em penetrar nessa nova área da mídia e fomentar novos caminhos para seu portfólio de serviços.
O maior exemplo é o Google, um simples site de pesquisar que se tornou o maior “publicitário” do mundo. Seu alto número de visualizações e o direcionamento personalizado ao consumidor o tornam um grande atrativo para expor uma marca na rede.
Com o advento do Google, muitas empresas não viram mais a necessidade em trabalhar com agências de publicidade, pois podiam ter uma exposição no maior site do planeta.
Logicamente que isso ainda é passível de comparação com resultados de anunciantes que estruturam sua estratégia de forma integrada, usando outras ferramentas para vender seus produtos ou serviços, o que surte mais aproveitamento a médio/longo resultados reais do trabalho de comunicação.
Mas, as grandes questões são: O que o futuro reserva para a propaganda? E o que altera na forma que trabalhamos a publicidade para as empresas nos dias de hoje?
As novas concepções sobre a publicidade já estão sendo desenvolvidas e devem surgir nos próximos anos. Uma dessas novas concepções é o Google Glass, por exemplo, ou em tradução livre, “pague-pelo-olhar”.
Na prática, isso representa a ideia de que o clique seria substituído, fazendo com que o anunciante pague por cada visualização do internauta em seu anúncio.
Para muitos, seria algo estranho. Entretanto, o mercado publicitário está constantemente se reinventando e novas maneiras de vender um produto ou serviço estão surgindo, sempre aliadas aos novos rumos do meio midiático.
A propaganda teve tantas e tantas modificações nas últimas décadas que não estranharia se, em um futuro próximo, a própria mídia impressa voltasse a dominar as cifras dos anunciantes.
Vale aguardar e ver o que agora não chamamos mais de evolução, mas de revolução dos meios de comunicação e o futuro das tendências de consumo.
Fonte: Thiago Oliveira. Publicado em Promoview