O Reclame Aqui gostou do Cannes Lions. No ano passado a instituição assegurou o Grand Prix do Mobile Lions com o projeto Detector de corrupção, criação da Grey Brasil. Este ano retorna ao festival com uma iniciativa ousada: um aplicativo que traduz o ‘juridiquês’ de contratos para facilitar a compreensão das sutilezas que ficam nas entrelinhas das letrinhas minúsculas, que muitas vezes causam confusões desnecessárias para clientes e empresas. Segundo Felipe Paniago, diretor de operações do Reclame Aqui, o app está inscrito nas competições Mobile Lions e Innovation Lions.
A ação faz parte de uma nova abordagem do Reclame Aqui. A instituição quer estar a serviço de ambos os lados: consumidores e empresas. Por um lado, ajudar as marcas a corrigir problemas identificados e, consequentemente, oferecer soluções capazes de não fazer o consumidor buscar o suprimento na concorrência.
“A ideia é que o cliente se mantenha fiel”, resume Paniago, que no próximo dia 2 de julho vai ser um dos condutores da 2ª edição do RA Trust Experience, no Teatro Santander, em São Paulo. A agenda do evento vai incluir nomes como Fabricio Coutinho, presidente da Teleperformance, que ajudou a Petz a resolver um imbróglio sobre a compra de cães e gatos de um canil clandestino, que culminou com o cancelamento da comercialização de animais na rede. Sérgio Zimerman, idealizador e criador da Petz, vai marcar presença, assim como Diego Barreto, CFO do iFood; Marcia Esteves, presidente e CEO da Grey; Pedro Luiz Arakawa, CCO & CSO da Nextel Brasil; e Carlos Santos, gerente de qualidade de produto da Portobello.
“A reclamação do consumidor é o ponto de partida para a empresa trabalhar a sua reputação. Quando há uma solução, a marca cativa e vende mais. O Reclame Aqui recebe mais de 18 milhões de visitas por mês e apenas 5% desse volume formaliza reclamação. A grande utilização do site é para fazer consultas antes de comprar. A ideia é que as marcas utilizem a plataforma para trabalhar a sua reputação”, diz Paniago.
Publicidade
O Reclame Aqui também realizou uma pesquisa com amostra de 27 mil consumidores que responderam questões no seu website. O principal dado para agências e anunciantes é que ínfimos 2,4% dos participantes considera a publicidade eficiente na decisão de compra. “Ao responderem ‘o que é importante para você eleger uma marca do coração?’, os consumidores levam em consideração primeiro a boa qualidade do produto (36,3%), depois o preço justo (28,3%) e então a marca não ser envolvida em polêmicas (9,5%). Fazer uma propaganda eficiente está em último lugar, com 2,4%”, sintetiza o estudo.
“A publicidade sozinha não trará os melhores resultados. Acreditamos que um bom trabalho de branding precisa ser casado com um bom trabalho no atendimento e um produto de qualidade”, destaca Paniago, lembrando que 46,5% apontaram a reputação da marca; seguido de preço, 20,8%; e atendimento, 20%; como essenciais.
Em PROPMARK por Paulo Macedo