Processo de migração das rádios AM para FM é optativo, diz Anatel.

O presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), João Rezende, destaca, a importância da migração das rádios AM para FM devido à qualidade ruim de sinal do primeiro serviço e à redução da quantidade de modelos de aparelhos receptores compatíveis com o modelo. Por outro lado, o congestionamento da faixa utilizada pelas rádios FM em grandes e médias cidades pode impossibilitar a migração de todas as emissoras AM para esse formato.

Em audiência pública na Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara dos Deputados, Rezende esclareceu que o processo de migração proposto pelo governo é optativo e terá custo para as emissoras. “Além disso, as licenças para rádios FM são municipais, enquanto as rádios AM têm alcance muito maior. Ou seja, quem realizar a migração vai perder área de cobertura, o que pode ser um problema para algumas emissoras, principalmente na região Norte do País”, ponderou. “Até agora 78% das rádios AM pediram para ser migradas, totalizando 1386 interessadas”, completou.

O presidente da Anatel disse ainda a faixa de frequência de 76 a 88 megahertz (MHz), ocupada atualmente pelos canais de TV analógicos números 5 e 6, será destinada ao serviço de rádio FM após a conclusão do processo de digitalização da televisão, previsto para acabar apenas em 2018.

Essa medida seria fundamental para a migração das rádios AM nas cidades onde a faixa para FM já está totalmente ocupada. “Nesses casos, haverá a transmissão simultânea no AM e no FM por cinco anos, até mesmo porque os fabricantes de aparelhos receptores precisarão se adaptar, já que os rádios de hoje não sintonizam as frequências equivalentes a estes canais”, explicou.

Fonte: Eduardo Rodrigues | Estadão Conteúdo

 

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