Em 30ª edição, Copa do Brasil aposta em novos públicos

Crédito: Staff Images/divulgação

Ao se aproximar da fase final de sua trigésima edição, a Copa do Brasil aposta em mudanças estratégicas para aumentar a competitividade e a audiência do campeonato. Em evento realizado em São Paulo nessa segunda-feira, 24, executivos da Copa e da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) explicaram as novidades que já foram postas em prática nas fases iniciais do torneio, que agora disputa as semifinais, e as parcerias firmadas para alavancar a audiência e relevância da última etapa.

Entre as principais alterações do rito da competição, Gustavo Pessoa, gerente de competições da CBF, destaca o fim do Gol Qualificado – regra que valoriza gols realizados fora de casa – e o início das transmissões das quartas de final pela internet, em parceria com a Globo.com. Dessa forma, explica Pessoa, é possível transmitir diversos jogos com horários conflitantes.

Outra mudança que vem sendo posta em prática há pelo menos dois anos é a valorização do rito da final da Copa. Ao contrário do Brasileirão, que por ter sua classificação em pontos corridos não conta com uma final formal, a Copa pode planejar um evento especial para esta etapa. A janela de oportunidade vem sendo tratada com os clubes e com a CBF, criando a possibilidade de realizar grandes eventos em torno dos dois jogos de encerramento do campeonato.

Parte da valorização deste jogos consiste, também, no buzz criado para o sorteio dos mandos de campo. Antes, essa data era meramente protocolar. Hoje em dia conta com transmissões no SporTV e é tratado pela organização do campeonato como evento televisivo.

Neste ano, os times que vão disputar a taça ainda não estão definidos, mas a organização para a data já está a pleno vapor. Gustavo Andrade, gerente de marketing da competição, apresentou durante o evento realizado na última segunda o Go Live, realizado em parceria com a Twitch, plataforma de streaming voltada a transmissões de entretenimento. “Vamos transformar um camarote do estádio em que for disputada a final em um estúdio. De lá, vamos transmitir tudo na Twitch – desde o pré-jogo até o fim da partida”, afirma o executivo.  A iniciativa é uma tentativa de aproximar o público gamer da competição. Segundo Andrade, não será mais possível contar apenas com a audiência gerada pela TV aberta, já que esse público tende a envelhecer e diminuir.

Outra frente explorada pelo campeonato neste sentido são as redes sociais. No Facebook, por exemplo, a Copa do Brasil é competição de chaves que mais engajou seu público na América Latina. Segundo dados da própria plataforma, o esforço digital alcançou cerca de 1,01% de engajamento com seu público, que é de 1,2 milhão de seguidores.

Para esse resultado, o Campeonato apostou na web-série Contos do Povo da Bola. “O projeto Contos foi tão assertivo que observamos um número de visualização na página muito maior do que o ano anterior, porque ele está sendo significante para as pessoas”, explica Felipe Kozlowski, responsável por parcerias esportivas do Facebook na América Latina.

O Twitter, por outro lado, aposta no engajamento a partir da votação do melhor jogador em campo, realizada nas fases mais adiantadas do campeonato. Essa iniciativa já existe há três anos, e alcançou 17 mil publicações somente neste ano. A expectativa da plataforma é que esse número cresça acentuadamente, uma vez que o pico de tweets deve ser durante a final.

Em Meio & Mensagem por Salvador Strano

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