Os serviços de streaming de música superaram, em 2017, pela primeira vez a venda física em volume de arrecadação, de acordo com a Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI). No ano passado, ante um crescimento total de 8,1% no mercado global de música, o setor de streaming avançou 41,% passando a responder por 38% da arrecadação.
Com a música digital ganhando o mainstream, as possibilidades em utilização de geolocalização, segmentação mais precisa e melhor tratamento de dados também aumentaram. De acordo com Rodrigo Tigre, sócio-diretor da RedMas, sendo o streaming de áudio a segunda atividade depois das redes sociais no Brasil, a oportunidade de ações de marcas neste ambiente é cada vez maior.
“No digital você consegue utilizar dados demográficos e até mesmo de geolocalização para segmentar a sua campanha e falar com o seu público, sem dispersão”, afirma Rodrigo. Ele ressalta que o áudio digital também torna a comunicação em rádio mais estratégica. “Como no digital a gente tem como controlar a frequência e ser assertivo no target, conseguimos otimizar o budget de áudio amplificando a cobertura migrando parte do investimento de rádio para o digital”, afirma.
Segundo Lou Schmidt, sócio e diretor de criação do estúdio criativo Antfood, explica que o crescimento dos serviços de streaming começa, lentamente, a impactar de forma positiva o mercado da música na publicidade. “De uns três anos pra cá, temos observado cada vez mais agências e marcas buscando gerar conteúdo musical associado às campanhas, aproveitando as possibilidades de conexão com a marca que o mercado de streaming oferece”.
O momento do crescimento deste mercado, por exemplo, vem demandando reposicionamentos frequentes de plataformas como o Spotify. Nesta terça-feira, 15, a empresa lançou uma nova campanha focada em liberdade de escolha dos usuários. “A ideia da maior campanha do Spotify no ano é celebrar a liberdade de escolha e acesso grátis às milhões de músicas que a plataforma oferece”, diz Carol Baracat, Head de Marketing Spotify América Latina. No início de abril, a empresa já havia lançado uma campanha com um reposicionamento focado em personalização. Também criada pela CUBOCC, ela trazia o mote “Como você explicaria o que é Spotify?”.
Em Meio & Mensagem por Luiz Gustavo Pacete